ABSURDOS E FALÁCIAS DA PSEUDOCIÊNCIA SOBRE O NÍVEL DO
MAR
Empíricos
alarmistas nacionais e internacionais do clima do CO2 se reuniram na Fiocruz em outubro de 2015 e, como não podia
deixar de ser, soltaram mais “pérolas” absurdas da sua pseudociência: “O nível
do mar vai se elevar 14 cm em 2020 e 82 cm em 2080 no Rio de Janeiro”. Essa
pseudociência sempre faz “previsões” para os distantes futuros para que não
permaneça qualquer importância de suas absurdas afirmações bem como não tem
condições científicas de garantir algo para bem perto (p. ex., suas “previsões”
para 2000–2009 não ‘bateram’ com a realidade). Desta vez morderam a isca de
novo e resolveram “prever” para bem perto, para impactar a cidade e o país e
porque se sentem à vontade para dizerem o que bem entendem sem precisarem
provar nada, pois detêm o poder político mundial (insanidade global!) bem como
o da mídia ao mesmo tempo em que todos esses impedem que outros mostrem as
incorreções científicas de tantas aberrações e, inclusive, fraudes (ver artigos
meus). Estas são a “democracia” e a “liberdade de expressão” do Ocidente que
critica as do Oriente e são as da mídia brasileira que defende a liberdade de
expressão só pra ela enquanto faz mais censura do que a censura da ditadura,
mas libera e incentiva a destruição e deformação de valores essenciais. Por
exemplo, bandidagem de todos os níveis é por falta de formação de valores, não
é a droga, não, cujo uso também é por falta de valores.
Essa turma de empíricos nunca
mostra os cálculos de nada (não nos convencem tê-los) que os leva a afirmar e a
“prever” sobre tudo e agora também sobre o nível do mar para o Rio de Janeiro,
mas calcular a expansão da água de acordo com a temperatura não é difícil.
Cálculos trazem clareza e agora
são imprescindíveis para desvendarem uma questão tão complexa como a do nível
do mar. Vamos supor que precisemos aquecer 1000 l de água de 20 ºC a 80 ºC (por
energia solar, p. ex.). Não dá pra mostrar todos os cálculos por se tratar de
um artigo de cunho geral e também porque envolvem conceitos termodinâmicos não
possíveis de serem explicados em poucas linhas. Mas, o volume inicial dessa
água a 20 ºC é igual a 1001,8 l (já considerando a sua expansão referente a
essa temperatura) e o volume final para 80 ºC é de 1029 l, ou seja,
a água se expande o equivalente a 27,2 l entre essas temperaturas. Se o reservatório em
que a água estiver contida for de um metro quadrado, ele precisará de 27,2 mm a
mais na altura para prever tal expansão térmica. Se o reservatório for de 2 m2 essa
expansão necessitará um espaço de 13,6 mm a mais e, se o reservatório for de 10
m2,
o espaço adicional necessário será de 2,72 mm em cada m2 e assim por diante.
Por esse resultado da ordem de
milímetros já podemos ter uma ideia do quão absurdo é um aumento ou expansão de
14 cm para o mar que funciona com temperaturas ambientes. Neste exemplo, a
diferença de temperaturas é de 60 ºC e há uma alta temperatura final, as quais
são incompatíveis com temperaturas ambientes e pouco variáveis dos oceanos, além
de que os mares contêm partículas sólidas que tornam seus coeficientes de
expansão menores do que o da água pura. Assim, as temperaturas, profundidades,
condições da água e volumes alteram os resultados e é isso o que vamos ver a
seguir.
O volume total dos oceanos mais o
dos mares Mediterrâneo, Báltico e Sul da China é de 1.335.000.000
km3, sua área é de 361.900.000 km2, a
profundidade média é de 3,69 km, a temperatura superficial média é de 10,5 ºC
e a salinidade típica é de 3,5% ou 35.000 ppm. O Mar Morto tem uma salinidade
de mais de 200.000 ppm e é essa solidez que não deixa o corpo afundar. A maior
parte da radiação solar é absorvida na superfície ou nos seus primeiros
centímetros e isso significa que o maior aquecimento do mar ocorre na superfície
e também que a maior expansão se dá nessas camadas. E há muitos fatores como a
evaporação, vento, temperatura do ar, salinidade, correntes, ondas, marés,
limpeza, geografia, estação do ano, latitude, longitude, ano, etc, que
interferem nesse aquecimento.
É sabido que o mar do Rio é
normalmente frio, até mesmo no verão com altas temperaturas do ar, sendo que as
correntes verticais do mar podem ter grande influência nisso. As temperaturas
do mar do Rio no verão giram em torno de 22-26 ºC e tem praias de lá cujas
temperaturas do mar são de 14-16 ºC, as mesmas do litoral argentino. O IPCC diz
que a temperatura do ar aumentou 0,8 ºC e a dos oceanos 0,5 ºC no século XX e,
assim, mesmo com questionamentos, vou considerar tal aquecimento do mar para o
Rio também. Então, vou considerar que a temperatura média do mar do Rio aumente
de 20,0 ºC a 20,5 ºC de 2001 a 2020. Mas, vejam bem, estou exagerando, pois
houve um aumento de 0,5 ºC em 100 anos (supostamente) e o estou considerando
para apenas 20 anos. A temperatura do ar varia muito mais do que a temperatura
da água porque a inércia térmica do ar é apenas 24% daquela da água. E como não
estamos considerando o globo inteiro, vamos levar em conta a área do oceano
mais próxima do Rio. A área do Atlântico Sul é de 40.270.000 km2,
a qual corresponde à área que vai da linha do equador até a metade da distância
entre o extremo sul da América do Sul e a Antártica. Como esta parte do sul do
continente fica longe do Rio e tem temperaturas diferentes, vou dividir esta
área por 2 para simplificar e obter maior aproximação levando o limite de baixo
para o extremo sul do Rio Grande do Sul. Esta é uma boa aproximação, mas se
quiséssemos maior rigor nas temperaturas essa metade poderia ser dividida em
mais partes para chegarmos às condições e área que correspondem ao Estado do
Rio e um pouco mais. Porém, as áreas por si só não mudam os resultados. E vou
considerar inicialmente 5 cm como a camada de expansão térmica.
Portanto, para um volume da água
do mar de 20.135.000.000.000 m2 x 0,05 m = 1.006.750.000.000 m3,
obtém-se o volume inicial correspondente a 20 ºC como sendo 1.008.562.150.000 m3.
E para 20,5 ºC temos o volume final 1.008.768.533.750 m3.
Fazendo a diferença obtemos 206.383.750 m3. Dividindo
pela área obtemos 0,00001025 m ou 0,01025
mm como a elevação, ou seja, o aumento do nível do mar para o Rio de
Janeiro para 2020 nessas condições seria de apenas um centésimo de milímetro!
Se considerarmos um metro de
profundidade como a camada com potencial de expansão térmica, este resultado se
modifica para 0,000205 m = 0,205 mm,
ou seja, dois décimos de milímetro!
A temperatura abaixo da superfície decresce bastante, o que faz a expansão da água do mar diminuir muito, mas vamos considerar que a temperatura seja constante até 100 m, onde decresce draticamente, como mostra aproximadamente a figura 1.
Assim, para 100 m de profundidade como potencial camada de expansão, o resultado acima se torna 0.0205 m = 20,5 mm. Considerando 20,1 ºC como temperatura média final para 2020, este resultado cai abruptamente para 2,1 mm! Quando a temperatura se reduz, a expansão se reduz muito. Esses valores de expansão não são de forma alguma percebidos e é difícil até para instrumentos bem como não causam nenhum desastre. As ondas e marés, por outro lado, que têm outras causas, como ventos e gravidades, podem gerar pequenos danos na beira-mar, mas não devido à expansão térmica do mar e com essa ordem de grandeza.
Fig. 1
Assim, para 100 m de profundidade como potencial camada de expansão, o resultado acima se torna 0.0205 m = 20,5 mm. Considerando 20,1 ºC como temperatura média final para 2020, este resultado cai abruptamente para 2,1 mm! Quando a temperatura se reduz, a expansão se reduz muito. Esses valores de expansão não são de forma alguma percebidos e é difícil até para instrumentos bem como não causam nenhum desastre. As ondas e marés, por outro lado, que têm outras causas, como ventos e gravidades, podem gerar pequenos danos na beira-mar, mas não devido à expansão térmica do mar e com essa ordem de grandeza.
Outra possibilidade para o
aumento do nível do mar do Rio é o derretimento das geleiras da Antártica. Mas,
em todo o verão essas geleiras derretem, pois se não fosse assim já teríamos
geleiras até no nordeste brasileiro. E, se derretem todo ano, como é que o Rio
e a Argentina ainda não foram inundados pelo mar? E, nos invernos antárticos, o
gelo de lá aumenta muito, da ordem de milhões de km2.
Ou será que o eixo da Terra deixará de ser inclinado e por isso não haverá mais
estações do ano por causa do CO2 (risos)
e, por isso, no pólo sul não haverá mais 6 meses de escuridão e inverno
rigoroso por ano por causa do CO2 (mais
risos)? De acordo com um trabalho publicado no final de 2015, o gelo das costas
da Antártica aumentou 30% (!) no século XX. Outro trabalho revelou que o gelo
que rodeia a Antártica atingiu um novo recorde de extensão em 2015 além do que
ele tem alcançado desde que registros por satélites começaram a ser feitos
desde o fim da década de 1970. Segundo esse trabalho, em 2015 a extensão de
gelo da Antártica excedeu 20 milhões de km2,
sendo que a média máxima entre 1981 e 2010 alcançou 18,72 milhões de km2.
O volume total do gelo da
Antártica é estimado em 26.500.000 km3 e o do Ártico é de 19.000 km3 (fevereiro 2016) cuja soma dá 26.519.000 km3. Este
volume confere com a conhecida informação de que o gelo do planeta corresponde
a apenas 2 % da água da Terra. Dividindo pela área total dos mares e oceanos
acima referida obtemos o número 0,073 km, ou seja, se todo o gelo da Antártica
e todo o gelo do Ártico derretessem numa vez só, um fenômeno sobrenatural e que
certamente não seria causado pelo CO2, os
oceanos e mares acima referidos aumentariam 73 m de nível. Mas, isso aí considerando que todo o gelo da Antártica esteja
sobre o mar, mas há muitas partes (parecem ser a maioria) submersas,
então esta elevação seria muito menor devido ao princípio de Arquimedes. Não
sendo o fim do mundo e não seria por causa do CO2,
certamente não ocorrerá um degelo súbito e total nem majoritário, inda mais
diante dos números de aumento de gelo na Antártica.
Eles também dizem que o oceano
armazena energia, mas não dizem nada sobre suas perdas de calor. E normalmente
se referem a esse armazenamento só para tentar justificar o “aquecimento global
causado pelo CO2”. Mas, se o oceano só
armazenasse e não perdesse calor, ele já teria explodido desde a origem do
planeta.
Diante dos respectivos cálculos
deste artigo, em 2080 a elevação do mar no Rio de Janeiro não será de 82 cm por
causa de expansão térmica. Para não ficar só na suposição, vou usar os mesmos
procedimentos acima e descobrir quantos graus seriam necessários para que o mar
do Rio se expandisse 82 cm e ver se o resultado confirma ou desmancha as afirmações
da pseudociência. Então, fazendo os referidos cálculos descobre-se que para
acontecer tal aumento do nível do mar com 100 m de camada de expansão, a
respectiva temperatura final deveria ser de... imaginem... 50 ºC (cinquenta) e
como média!! Nem é preciso comentar sobre quão absurda e descabida é essa
temperatura para o mar.
Além das demonstrações
matemáticas feitas neste artigo, este resultado também mostra como a gente pode
pegar essa pseudociência mais uma vez e em outra de suas fajutas afirmações que
são isoladas e não têm coordenação com o resto delas. Eles dizem que a
temperatura do ar vai se elevar 2 ºC até 2100. Então, como poderia o mar se
aquecer mais do que o ar e 30 ºC a mais na média, já que a inércia térmica da
água do mar é 75% maior do que a do ar e isso significa que o mar se aquece
muito menos do que o ar? E no artigo “Climate Changes: How the Atmosphere
Really Works” demonstro que a influência do CO2
na temperatura do ar é de menos de um por cento.
Quando digo que essa é uma
pseudociência e falo isso desde o início quando apenas levemente comecei a me
interessar pelo assunto, não é à toa, pois não apenas falo, mas desde lá
demonstro física e matematicamente todas as questões fundamentais e que nunca
foram demonstradas nem pela pseudociência nem por outros descontentes com o CO2. Agora é só esperar tranquilamente 5 anos para
confirmarmos mais uma falácia das “previsões” dessa turma (isso se lá não
mentirem novamente, mas tenho como provar a mentira) e mandar essa
pseudociência para as calendas gregas.
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