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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

ABSURDOS E FALÁCIAS DA PSEUDOCIÊNCIA SOBRE O NÍVEL DO MAR
Empíricos alarmistas nacionais e internacionais do clima do CO2 se reuniram na Fiocruz em outubro de 2015 e, como não podia deixar de ser, soltaram mais “pérolas” absurdas da sua pseudociência: “O nível do mar vai se elevar 14 cm em 2020 e 82 cm em 2080 no Rio de Janeiro”. Essa pseudociência sempre faz “previsões” para os distantes futuros para que não permaneça qualquer importância de suas absurdas afirmações bem como não tem condições científicas de garantir algo para bem perto (p. ex., suas “previsões” para 2000–2009 não ‘bateram’ com a realidade). Desta vez morderam a isca de novo e resolveram “prever” para bem perto, para impactar a cidade e o país e porque se sentem à vontade para dizerem o que bem entendem sem precisarem provar nada, pois detêm o poder político mundial (insanidade global!) bem como o da mídia ao mesmo tempo em que todos esses impedem que outros mostrem as incorreções científicas de tantas aberrações e, inclusive, fraudes (ver artigos meus). Estas são a “democracia” e a “liberdade de expressão” do Ocidente que critica as do Oriente e são as da mídia brasileira que defende a liberdade de expressão só pra ela enquanto faz mais censura do que a censura da ditadura, mas libera e incentiva a destruição e deformação de valores essenciais. Por exemplo, bandidagem de todos os níveis é por falta de formação de valores, não é a droga, não, cujo uso também é por falta de valores.    
Essa turma de empíricos nunca mostra os cálculos de nada (não nos convencem tê-los) que os leva a afirmar e a “prever” sobre tudo e agora também sobre o nível do mar para o Rio de Janeiro, mas calcular a expansão da água de acordo com a temperatura não é difícil.
Cálculos trazem clareza e agora são imprescindíveis para desvendarem uma questão tão complexa como a do nível do mar. Vamos supor que precisemos aquecer 1000 l de água de 20 ºC a 80 ºC (por energia solar, p. ex.). Não dá pra mostrar todos os cálculos por se tratar de um artigo de cunho geral e também porque envolvem conceitos termodinâmicos não possíveis de serem explicados em poucas linhas. Mas, o volume inicial dessa água a 20 ºC é igual a 1001,8 l (já considerando a sua expansão referente a essa temperatura) e o volume final para 80 ºC é de 1029 l, ou seja, a água se expande o equivalente a 27,2 l entre essas temperaturas. Se o reservatório em que a água estiver contida for de um metro quadrado, ele precisará de 27,2 mm a mais na altura para prever tal expansão térmica. Se o reservatório for de 2 m2 essa expansão necessitará um espaço de 13,6 mm a mais e, se o reservatório for de 10 m2, o espaço adicional necessário será de 2,72 mm em cada m2 e assim por diante.    
Por esse resultado da ordem de milímetros já podemos ter uma ideia do quão absurdo é um aumento ou expansão de 14 cm para o mar que funciona com temperaturas ambientes. Neste exemplo, a diferença de temperaturas é de 60 ºC e há uma alta temperatura final, as quais são incompatíveis com temperaturas ambientes e pouco variáveis dos oceanos, além de que os mares contêm partículas sólidas que tornam seus coeficientes de expansão menores do que o da água pura. Assim, as temperaturas, profundidades, condições da água e volumes alteram os resultados e é isso o que vamos ver a seguir.  
O volume total dos oceanos mais o dos mares Mediterrâneo, Báltico e Sul da China é de 1.335.000.000 km3, sua área é de 361.900.000 km2, a profundidade média é de 3,69 km, a temperatura superficial média é de 10,5 ºC e a salinidade típica é de 3,5% ou 35.000 ppm. O Mar Morto tem uma salinidade de mais de 200.000 ppm e é essa solidez que não deixa o corpo afundar. A maior parte da radiação solar é absorvida na superfície ou nos seus primeiros centímetros e isso significa que o maior aquecimento do mar ocorre na superfície e também que a maior expansão se dá nessas camadas. E há muitos fatores como a evaporação, vento, temperatura do ar, salinidade, correntes, ondas, marés, limpeza, geografia, estação do ano, latitude, longitude, ano, etc, que interferem nesse aquecimento.
É sabido que o mar do Rio é normalmente frio, até mesmo no verão com altas temperaturas do ar, sendo que as correntes verticais do mar podem ter grande influência nisso. As temperaturas do mar do Rio no verão giram em torno de 22-26 ºC e tem praias de lá cujas temperaturas do mar são de 14-16 ºC, as mesmas do litoral argentino. O IPCC diz que a temperatura do ar aumentou 0,8 ºC e a dos oceanos 0,5 ºC no século XX e, assim, mesmo com questionamentos, vou considerar tal aquecimento do mar para o Rio também. Então, vou considerar que a temperatura média do mar do Rio aumente de 20,0 ºC a 20,5 ºC de 2001 a 2020. Mas, vejam bem, estou exagerando, pois houve um aumento de 0,5 ºC em 100 anos (supostamente) e o estou considerando para apenas 20 anos. A temperatura do ar varia muito mais do que a temperatura da água porque a inércia térmica do ar é apenas 24% daquela da água. E como não estamos considerando o globo inteiro, vamos levar em conta a área do oceano mais próxima do Rio. A área do Atlântico Sul é de 40.270.000 km2, a qual corresponde à área que vai da linha do equador até a metade da distância entre o extremo sul da América do Sul e a Antártica. Como esta parte do sul do continente fica longe do Rio e tem temperaturas diferentes, vou dividir esta área por 2 para simplificar e obter maior aproximação levando o limite de baixo para o extremo sul do Rio Grande do Sul. Esta é uma boa aproximação, mas se quiséssemos maior rigor nas temperaturas essa metade poderia ser dividida em mais partes para chegarmos às condições e área que correspondem ao Estado do Rio e um pouco mais. Porém, as áreas por si só não mudam os resultados. E vou considerar inicialmente 5 cm como a camada de expansão térmica.
Portanto, para um volume da água do mar de 20.135.000.000.000 m2 x 0,05 m = 1.006.750.000.000 m3, obtém-se o volume inicial correspondente a 20 ºC como sendo 1.008.562.150.000 m3. E para 20,5 ºC temos o volume final 1.008.768.533.750 m3. Fazendo a diferença obtemos 206.383.750 m3. Dividindo pela área obtemos 0,00001025 m ou 0,01025 mm como a elevação, ou seja, o aumento do nível do mar para o Rio de Janeiro para 2020 nessas condições seria de apenas um centésimo de milímetro!
Se considerarmos um metro de profundidade como a camada com potencial de expansão térmica, este resultado se modifica para 0,000205 m = 0,205 mm, ou seja, dois décimos de milímetro!
A temperatura abaixo da superfície decresce bastante, o que faz a expansão da água do mar diminuir muito, mas vamos considerar que a temperatura seja constante até 100 m, onde decresce draticamente, como mostra aproximadamente a figura 1.

Fig. 1

Assim, para 100 m de profundidade como potencial camada de expansão, o resultado acima se torna 0.0205 m = 20,5 mm. Considerando 20,1 ºC como temperatura média final para 2020, este resultado cai abruptamente para 2,1 mm! Quando a temperatura se reduz, a expansão se reduz muito. Esses valores de expansão não são de forma alguma percebidos e é difícil até para instrumentos bem como não causam nenhum desastre. As ondas e marés, por outro lado, que têm outras causas, como ventos e gravidades, podem gerar pequenos danos na beira-mar, mas não devido à expansão térmica do mar e com essa ordem de grandeza.
Outra possibilidade para o aumento do nível do mar do Rio é o derretimento das geleiras da Antártica. Mas, em todo o verão essas geleiras derretem, pois se não fosse assim já teríamos geleiras até no nordeste brasileiro. E, se derretem todo ano, como é que o Rio e a Argentina ainda não foram inundados pelo mar? E, nos invernos antárticos, o gelo de lá aumenta muito, da ordem de milhões de km2. Ou será que o eixo da Terra deixará de ser inclinado e por isso não haverá mais estações do ano por causa do CO2 (risos) e, por isso, no pólo sul não haverá mais 6 meses de escuridão e inverno rigoroso por ano por causa do CO2 (mais risos)? De acordo com um trabalho publicado no final de 2015, o gelo das costas da Antártica aumentou 30% (!) no século XX. Outro trabalho revelou que o gelo que rodeia a Antártica atingiu um novo recorde de extensão em 2015 além do que ele tem alcançado desde que registros por satélites começaram a ser feitos desde o fim da década de 1970. Segundo esse trabalho, em 2015 a extensão de gelo da Antártica excedeu 20 milhões de km2, sendo que a média máxima entre 1981 e 2010 alcançou 18,72 milhões de km2.
O volume total do gelo da Antártica é estimado em 26.500.000 km3 e o do Ártico é de 19.000 km3 (fevereiro 2016) cuja soma dá 26.519.000 km3. Este volume confere com a conhecida informação de que o gelo do planeta corresponde a apenas 2 % da água da Terra. Dividindo pela área total dos mares e oceanos acima referida obtemos o número 0,073 km, ou seja, se todo o gelo da Antártica e todo o gelo do Ártico derretessem numa vez só, um fenômeno sobrenatural e que certamente não seria causado pelo CO2, os oceanos e mares acima referidos aumentariam 73 m de nível. Mas, isso aí considerando que todo o gelo da Antártica esteja sobre o mar, mas há muitas partes (parecem ser a maioria) submersas, então esta elevação seria muito menor devido ao princípio de Arquimedes. Não sendo o fim do mundo e não seria por causa do CO2, certamente não ocorrerá um degelo súbito e total nem majoritário, inda mais diante dos números de aumento de gelo na Antártica.  
Eles também dizem que o oceano armazena energia, mas não dizem nada sobre suas perdas de calor. E normalmente se referem a esse armazenamento só para tentar justificar o “aquecimento global causado pelo CO2”. Mas, se o oceano só armazenasse e não perdesse calor, ele já teria explodido desde a origem do planeta.
Diante dos respectivos cálculos deste artigo, em 2080 a elevação do mar no Rio de Janeiro não será de 82 cm por causa de expansão térmica. Para não ficar só na suposição, vou usar os mesmos procedimentos acima e descobrir quantos graus seriam necessários para que o mar do Rio se expandisse 82 cm e ver se o resultado confirma ou desmancha as afirmações da pseudociência. Então, fazendo os referidos cálculos descobre-se que para acontecer tal aumento do nível do mar com 100 m de camada de expansão, a respectiva temperatura final deveria ser de... imaginem... 50 ºC (cinquenta) e como média!! Nem é preciso comentar sobre quão absurda e descabida é essa temperatura para o mar.
Além das demonstrações matemáticas feitas neste artigo, este resultado também mostra como a gente pode pegar essa pseudociência mais uma vez e em outra de suas fajutas afirmações que são isoladas e não têm coordenação com o resto delas. Eles dizem que a temperatura do ar vai se elevar 2 ºC até 2100. Então, como poderia o mar se aquecer mais do que o ar e 30 ºC a mais na média, já que a inércia térmica da água do mar é 75% maior do que a do ar e isso significa que o mar se aquece muito menos do que o ar? E no artigo “Climate Changes: How the Atmosphere Really Works” demonstro que a influência do CO2 na temperatura do ar é de menos de um por cento.
Quando digo que essa é uma pseudociência e falo isso desde o início quando apenas levemente comecei a me interessar pelo assunto, não é à toa, pois não apenas falo, mas desde lá demonstro física e matematicamente todas as questões fundamentais e que nunca foram demonstradas nem pela pseudociência nem por outros descontentes com o CO2. Agora é só esperar tranquilamente 5 anos para confirmarmos mais uma falácia das “previsões” dessa turma (isso se lá não mentirem novamente, mas tenho como provar a mentira) e mandar essa pseudociência para as calendas gregas.